Acabamos de passar pela Páscoa, um momento de união familiar e muito chocolate. Essa é uma época em que as pessoas se deliciam com muito menos culpa, o que não apresenta problemas – a depender da periodicidade. Entretanto, essa data pode escancarar um vício que, com o tempo, se torna muito perigoso: o vício em açúcar.
Como o açúcar é um carboidrato que dá energia, o vício é desenvolvido com o tempo, através do “circuito de recompensa”. O excesso de dopamina (que é liberada, entre outras substâncias, no consumo de açúcar) no organismo causa a sensação de prazer, que faz com que o indivíduo fique inclinado a re-experimentar. O pâncreas responde a esse consumo produzindo insulina, o que diminui os níveis de açúcar no sangue e pode resultar em cansaço e fraqueza. Como resposta, o indivíduo vai atrás de mais açúcar, o que colabora para o consumo desenfreado.
Os efeitos de longo prazo do vício em açúcar variam, podendo levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares, cáries e outros problemas de saúde.
Fonte: eCycle
Diabetes
A diabetes é uma síndrome que vem da falta de insulina no corpo e/ou da incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. Ela possui dois tipos, o tipo 1 e o tipo 2. O tipo 1 é genético, no qual o sistema imunológico do indivíduo ataca as células que produzem a insulina. Nesta discussão, falaremos mais sobre o tipo 2, que é geralmente assintomático e é mais comum em pessoas acima de 40 anos e/ou com excesso de peso, comportamento sedentário, hábitos alimentares não saudáveis e histórico familiar de diabetes.
Sintomas da diabetes tipo 2
Apesar de ser assintomática na maioria dos casos, a diabetes tipo 2 pode apresentar sintomas em alguns indivíduos. É importante atentar-se a eles, principalmente se a pessoa possuir alguma questão que aumente as probabilidades do desenvolvimento da síndrome. São eles:
- Fome frequente;
- Sede constante;
- Formigamento nos pés e mãos;
- Vontade de urinar diversas vezes;
- Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
- Feridas que demoram para cicatrizar;
- Visão embaçada.
A melhor maneira de prevenir a diabetes tipo 2 é manter hábitos saudáveis. O vício em açúcar, por exemplo, é uma grande predisposição para o desenvolvimento da síndrome, pelas maneiras como esse vício afeta a produção de insulina no corpo.
Pré-diabetes
Quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos que o normal, mas ainda não caracterizam a diabetes tipo 2, reconhecemos a pré-diabetes. Ela é um sinal de alerta do corpo, mas cerca de 50% das pessoas com pré-diabetes ainda conseguem retardar a evolução para a síndrome através da mudança de hábitos de vida (alimentares e físicos).
A luta para interromper o vício em açúcar
É importante entender que o corte repentino do consumo de açúcar não é ideal nem muito eficiente na luta contra o vício. Quando esse método é adotado, na maioria das vezes há reincidência do vício, que volta tempos depois.
É recomendado que se comece devagar, cortando os tipos de açúcar aos poucos, além de diminuir a ingestão de alimentos que o possuem e que são muito comuns no seu dia a dia. Com isso, seu paladar se adapta gradualmente e os receptores de açúcar no seu cérebro vão diminuindo com o tempo.
Podemos driblar o vício pelo açúcar lançando mão de frutas dessecadas, frutas in natura e mais fibras na dieta – o que aumenta a saciedade, destaca o médico nutrólogo dos Hospitais Mater Dei Santa Clara e Mater Dei Santa Genoveva da Rede Mater Dei de Saúde em Uberlândia, Claudio Barbosa. Outra estratégia é diminuir lentamente a quantidade de açúcar utilizado no famoso cafezinho, na vitamina de leite com frutas e mesmo nas preparações culinárias, como o bolo de fubá. Assim, destaca o nutrólogo, a família vai se acostumando lentamente aos alimentos menos doces, mas ainda palatáveis. Isso porque, exceto em diabéticos tipo 1 e descompensados, o uso rotineiro de adoçantes não é aconselhado, pois seu uso não emagrece mais do que para aqueles que não o utilizam. Além disso, adoçantes podem “enganar” o centro da fome no cérebro (hipotálamo) aumentando a fome em um segundo momento. Para se acostumar com menos doce na dieta, é necessário perseverar por pelo menos 40 dias, destaca o médico.
Além disso, o consumo de proteínas pode reduzir o desejo de açúcar.
A Rede Mater Dei atende os pacientes com cuidados em todas as fases da vida, por isso, estamos preparados para te receber quando precisar de nosso atendimento. Temos nutricionistas, médicos endocrinologistas e médicos nutrólogos em nossa equipe. Se possuir os fatores de risco da diabetes ou se estiver sentindo os sintomas dela, nos procure.
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