Define-se cardiopatia congênita a má-formação do aparelho cardiovascular durante o período da gestação, que pode se manifestar no nascimento ou na idade adulta. Estima-se que a prevalência, em adultos, é de 3 a cada 1.000 e em recém nascidos, 6 a cada 1.000 (nascidos vivos).
As cardiopatias moderadas e leves podem manter-se assintomáticas até a 5ª década de vida, quando o organismo esgota sua capacidade de compensação. A valva aórtica bicúspide é uma das anomalias valvares mais comuns e ocorre quando a valva aórtica, que deveria ter três válvulas, apresenta apenas duas. Esta anomalia é assintomática na maior parte dos pacientes, mas está relacionada com estenose (estreitamento), insuficiência e anormalidades da aorta.
O chamado “forame oval”, que é uma pequena comunicação entre os átrios esquerdo e direito do coração, existe em todos os fetos enquanto no útero da mãe, devendo este se fechar após o nascimento. Cerca de 10 a 20% da população geral pode permanecer com esta comunicação após o nascimento (mesmo na idade adulta), quando então é denominado “forame oval patente”. É uma alteração assintomática na maioria dos pacientes e compatível com uma vida normal.
O ultrassom de rotina (obstétrico) não é focado na avaliação da anatomia do coração, mas pode ajudar na visualização de sinais indiretos ou “pistas” da presença de problemas cardíacos. O cardiologista do Hospital Santa Clara, Conrado Ceccon, explica que o ecocardiograma fetal é o exame que permite a avaliação da anatomia do coração do feto e identificação de má-formações antes do nascimento. “Ele deve ser realizado a partir da 18ª semana de gestação e preferencialmente antes da 22ª semana. Está indicado em gestantes com alterações identificadas no ultrassom obstétrico, com histórico familiar de cardiopatias congênitas ou com fatores de risco para o desenvolvimento das mesmas: diabetes, infecções maternas (rubéola, toxoplasmose) ou ingestão de drogas teratogênicas (álcool, lítio, anti-epiléticos, anfetaminas)”, afirma.
O cardiologista cita cinco fatores de risco que podem estar relacionados ao desenvolvimento de cardiopatias congênitas. São eles:
- ausência do consumo de polivitamínicos e acido fólico antes da gestação (seu consumo reduz chance de cardiopatias);
- doenças maternas (ex. fenilcetonúria, diabetes, lúpus, epilepsia, outras);
- infecções maternas (ex. rubéola, influenza, síndromes febris, HIV, outras);
- consumo de medicamentos e/ou drogas (ex. maconha, alguns anti-hipertensivos, indometacina, anti-inflamatórios, outros);
- fertilização assistida/in vitro.
Sinais visíveis podem indicar uma cardiopatia congênita: – no momento do nascimento: “sopros” (ruídos gerados pelo fluxo anormal de sangue dentro do coração), redução da oxigenação do sangue/cianose (coloração roxa dos dedos e lábios) e dificuldades para se alimentar (pegar o peito). – crianças pequenas: “sopros” (ruídos gerados pelo fluxo anormal de sangue dentro do coração), cianose (coloração roxa dos dedos e lábios) e cansaço exagerado durante atividades física, retardo do desenvolvimento (ganho inadequado de peso e altura). |
Em média, as chances da cardiopatia congênita ser hereditária é de 7%. Algumas síndromes genéticas estão altamente relacionadas a cardiopatias, entre elas a Síndrome de Down, Trissomia do Cromossomo 13, Síndrome de Turner e Síndrome de Marfan.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dr. Conrado Ceccon – Cardiologia
Posts Relacionados
Laços: uma campanha de Outubro Rosa da Rede Mater Dei
Acreditar será sempre a parte mais importante de todo o processo. A luta pelo autocuidado,
Não se esqueça: a Urologia é para todas as pessoas e idades
É esperado que muitas pessoas acreditem que a especialidade da Urologia serve quase que exclusivamente
Setembro Vermelho – O mês para falar sobre a saúde do coração
O mês de setembro tem muitas cores, visando falar de diferentes lados da saúde. O