A maternidade muda muitos aspectos físicos e hormonais nas mulheres, principalmente no pós-parto. Algumas dessas mudanças são percebidas logo de cara como cicatrizes e estrias, por exemplo. Mas outras alterações, como o ressecamento vaginal só é notado um pouco depois, na hora da relação sexual.
Durante o puerpério, ou período de resguardo, não é recomendado a mulher ter relações sexuais, mas passado esse tempo, não há contraindicações. E, é bem aí que as mulheres são incomodadas pelo ressecamento vaginal, o que é comum após a gestação.
Para saber mais sobre esse assunto, conversamos com a Dra. Shaira Lara, ginecologista do Hospital Santa Clara. Confira!
O que é ressecamento vaginal?
“O ressecamento vaginal é uma alteração muito comum na menopausa, estando relacionada com a diminuição natural da produção do hormônio estrogênio. Ele pode ocorrer devido a diversos outros fatores, como ansiedade, alterações hormonais, uso de medicamentos, falta de estimulação dentre outros. No entanto, não é normal você ter ressecamento vaginal, uma vez que existem tratamentos e medidas para evitar e melhorar esses casos. Aplicações de cremes, laser, Fraxx são muito importantes e têm excelentes resultados na melhora do trofismo vaginal. Após o parto também é muito comum devido alterações hormonais. Nunca fique sem avaliação para determinar a causa e a melhor forma de resolver”, explica a doutora.
Já o ressecamento no pós-parto acontece pela queda do estrogênio, hormônio que fica em alta na gestação e é responsável pela lubrificação vaginal.
Outro fator que também abaixa o nível do hormônio é a amamentação.
Ou seja, o ressecamento vaginal é um problema geral, do qual não se tem como fugir. Entretanto, a percepção do problema pode ser diferente de mulher para mulher.
Pois existem outros fatores que devem ser levados em consideração, como:
- a função das glândulas lubrificantes;
- se a mulher usa lubrificante durante a relação;
- fator psicológico, que interfere na libido, pois além do ressecamento a mulher terá menos vontade de retomar as relações sexuais e, quando inicia, pelo estresse psicológico, a lubrificação pode ser mais tardia;
- pode depender de como foi o parto;
- se a mulher já notava o ressecamento antes, pelo uso de pílulas anticoncepcionais.
A lubrificação volta ao normal?
Sim! A retomada da lubrificação é gradual e pode estar relacionada à amamentação.
Desse modo, para mulheres que não amamentam, aos poucos o ciclo hormonal vai retornando e, a partir do momento em que passa a ovular, por volta de dois ou três meses depois do parto, a quantidade de estrogênio volta aos níveis normais, assim como a lubrificação.
Agora para mulheres que estão amamentando, o processo pode durar um pouco mais, embora até seis meses após o parto, os níveis de estrogênio também se normalizem.
Mesmo assim, procure seu ginecologista para um diagnóstico completo.
Existe algum tratamento para aliviar o ressecamento vaginal?
Sim, os lubrificantes e os hidratantes intravaginais são opções para aliviar o problema. E, como há vários tipos no mercado, é importante falar com o ginecologista para escolher o melhor.
Lembrando que, imediatamente após do parto, é contraindicado que a mulher aplique cremes ou medicamentos pela via vaginal por conta do risco de infecção, já que ainda está com o colo do útero aberto e isso é uma porta de entrada para bactérias.
Agora, passados os 40 dias de repouso, caso a mulher sinta necessidade, já pode usar os lubrificantes e medicamentos indicados para o ressecamento vaginal.
Pronto! Agora que você sabe um pouquinho mais sobre o ressecamento vaginal, converse com seu parceiro para a retomada das atividades sexuais e faça tudo no seu devido tempo.
Em caso de dúvidas, procure seu ginecologista.
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Veja aqui os dados da Dra. Shaira Lara.
Shaira Vieira Lara
Ginecologista do Hospital Santa Clara
CRM: 59506
RQE: 38395
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