Para não existir contratempos durante a gestação e que a mãe e o bebê fiquem saudáveis, há diferentes cuidados para tomar, tanto antes da gravidez quanto depois. Dessa forma, os pais e a rede de apoio devem prestar atenção em vários pontos como alimentação, rotina de exercícios, medicamentos e produtos de beleza.
Por isso, para entender melhor quais são esses cuidados e como a mamãe deve se preparar, chamamos o Dr. Osvaldo Luiz Amâncio, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Clara. Ele irá explicar todos os cuidados que a mulher deve ter antes e depois da gravidez para que ela e o bebê fiquem sempre saudáveis.
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Quais os cuidados antes da gravidez?
“A gravidez é um momento muito especial e importante para o casal. O principal cuidado com relação à preconcepção é, justamente, planejar o momento adequado para que aconteça essa gravidez. Para que a família esteja pronta para receber esse novo integrante. É fundamental que o casal esteja emocionalmente preparado para esse momento, que gera tantas transformações”, afirma o doutor.
Primeiramente, é importante que o casal consulte um obstetra, pelo menos 3 meses antes de engravidar para receber as recomendações e orientações necessárias, tais como exames laboratoriais a serem realizados, verificar o estado vacinal, pois algumas são indicadas em um período de até 3 meses antes da gestação, início do uso de vitaminas, entre outras coisas.
“Uma avaliação do bem-estar físico desta mulher é fundamental. A gestação altera o funcionamento de todos os órgãos do corpo, gerando uma adaptação que muito exige desta mulher. Se existem doenças prévias, trata-las”, orienta o obstetra do Hospital Santa Clara.
Bom, mas alguns dos cuidados que se deve ter antes de engravidar são:
Começar a tomar ácido fólico:
O ácido fólico é uma vitamina do complexo B importante para garantir o correto fechamento do tubo neural do bebê. Por isso, aumentar o consumo de alimentos, como brócolis, ovo, feijão preto e o uso do suplemento de ácido fólico, pode ajudar a garantir uma gravidez com menos ricos.
“A mulher deve começar a suplementar ácido fólico com 3 meses de antecedência à gestação. Ele ajuda na prevenção de mal formações no sistema neural (o sistema nervoso da criança)”, explica.
Fazer exames pré-concepcionais:
É de extrema importância que pelo menos três meses antes de engravidar, faça um exame de sangue completo tanto da mulher, quanto do homem que também pode realizar o espermograma. Assim, o médico pode avaliar o estado de saúde dos pais e compreender como será a gravidez.
“Os exames básicos para a mulher são: hemograma completo para avaliar anemia, alguma infecção e alterações das plaquetas. Tipagem sanguínea, que é importante para prevenir qualquer possibilidade de incompatibilidade materno-fetal em relação ao tipo sanguíneo do bebê. Isso vai orientar como acompanhar durante o pré-natal. A glicemia de jejum para afastar a hipótese do diabetes. Os níveis de açúcar devem estar adequados porque uma diabética que engravida com descontrole tem mais chances de abortamentos, mal formações fetais e outros problemas. Exame de urina para detectar infecções que podem estar assintomáticas e o exame de fezes, pois se houver algum verme pode ser tratado antes. Exames sorológicos para identificação de sífilis, hepatite, rubéola, toxoplasmose, citomegalovirus, HIV e outros”, esclarece Dr. Osvaldo Amâncio.
Se alimentar corretamente:
Nesse ponto, claro que não é somente para quando a mulher deseja engravidar, mas é importante investir em alimentos saudáveis que irão fornecer ao organismo os nutrientes necessários para uma gravidez saudável. Dessa forma, manter a alimentação rica em nutrientes durante a gravidez também é indispensável, se possível manter um acompanhamento com o nutricionista também.
Quais os cuidados durante da gravidez?
Como dito anteriormente, o acompanhamento com o médico ginecologista e obstetra deve fazer parte da sua rotina. Dessa forma, eles vão te informar exatamente o que deve e o que não pode fazer, mas, há algumas restrições e coisas que as gestantes devem ter cuidados:
Não faça tatuagens e nem pinte o cabelo:
A realização de tatuagens é contraindicada, pois existe o risco de exposição à utilização de determinados pigmentos que podem causar alergias e também há risco de infecção local pelo uso de agulhas.
Com as tinturas são a mesma coisa, pois quaisquer produtos que contenham formol, amônia e chumbo podem interferir na formação do bebê.
Alimentos crus ou mal cozidos:
Quando o assunto é alimento, é indispensável falar com o nutricionista. Mas, sabemos que consumir carne crua aumenta os riscos de infecções tais como toxoplasmose, que é extremamente preocupante na gestação: bactérias, como a salmonela, além de causar intoxicação alimentar grave.
Então, as gestantes devem evitar carnes cruas e principalmente comidas orientais ou exóticas durante os nove meses de gravidez.
“Durante a gravidez, é fundamental que a mulher tenha um acompanhamento médico especializado fornecendo todas as orientações e acompanhando com exames clínicos e laboratoriais para checar o desenvolvimento desse bebê e o bem estar da mãe. Sempre se preza o bem estar materno-fetal. Em relação à alimentação têm algumas coisas particulares como comer alimentos crus ou mal passados como verduras e carnes. Esses alimentos devem ser muito bem preparados para evitar toxoplasmose. Carnes mal passadas e sem higienização podem ser contaminantes. Toxoplasmose traz consequências muito sérias na gravidez”, reafirma Dr. Osvaldo.
Medicamentos para dormir:
Por volta do segundo trimestre da gravidez fica complicado para a gestante ter uma boa noite de sono. Porém, mesmo nesse sentido, não é indicado tomar medicamentos que ajudem no sono, mesmo que sejam naturais.
O motivo é que esses compostos possuem substâncias que podem fazer mal para o bebê. Dessa forma, converse com o médico responsável pela gravidez para procurar alternativas.
Evitar café e bebidas alcoólicas:
O consumo de álcool é totalmente proibido na gravidez. Pois, não há nenhuma dose estipulada que seja considerada segura para a gestante e o bebê.
Além disso, a ingestão de café também deve ser reduzida. Primeiramente, que a ingestão de cafeína aumenta os riscos de abortamento. E também porque ela afeta a capacidade da mulher absorver ferro. A dose de cafeína não deve ser superior a 200 mg.
“O consumo moderado não influencia o desenvolvimento nem o crescimento fetal. É preciso se atentar que a cafeína também é encontrada no guaraná, cacau, chocolate e chá”, relata o obstetra.
Portanto, é indispensável o acompanhamento médico para manter a saúde da mãe e do bebê como prioridades! Conseguiu tirar as suas dúvidas? Quer saber mais informações e dicas sobre gravidez e maternidade? Clique aqui.
Veja aqui os dados do Dr. Osvaldo Luiz Amâncio.
Osvaldo Luiz Amâncio
Ginecologia e Obstetrícia
CRM: 17537
RQE: 6549
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