Dia 06 de junho é o Dia Nacional do Teste do Pezinho, a triagem neonatal que costuma ser realizada em unidades básicas de saúde ou laboratórios de exames entre o 5º e o 10º dia de vida do bebê.
O teste do pezinho chegou ao Brasil no final da década de 70 para identificar a fenilcetonúria e o hipotireoidismo congênito. Em 1992, tornou-se obrigatório em alguns estados e, a partir de 2001, por meio de uma portaria ministerial, em todo o território nacional.
Através de gotinhas de sangue tiradas do calcanhar do bebê, é possível fazer uma importante avaliação inicial para detectar algumas doenças genéticas (transmitidas pelos genes da mãe e do pai) e congênitas (que se desenvolvem no útero), que precisam de tratamento o mais rápido possível para evitar graves sequelas no futuro. Como explica a pediatra, do Hospital Santa Clara, Cristiane Ribeiro Ambrósio. “O teste do pezinho detecta doenças graves numa fase precoce, onde ainda é possível, com o tratamento precoce, evitar ou minimizar as sequelas das doenças”.
O teste é uma triagem inicial para que se investigue melhor no caso de haver suspeita de alguma patologia. Caso ele aponte anormalidades, seu médico provavelmente pedirá outros exames mais específicos para poder fazer um diagnóstico seguro. “Por meio do teste é possível detectar algumas doenças, entre elas: anemia falciforme e outras hemoglobinopatias, fibrose cística, deficiência de bioatinidase, hipotireoidismo congênito, fenicetonúria, hiperplasia congênita de supra renal”, disse a pediatra.
Doenças
Fenilcetonúria
Além de causar problemas como as deficiências física e mental, as doenças diagnosticadas por meio do Teste do Pezinho podem incapacitar as crianças já nos primeiros meses de vida, caso o tratamento não seja instituído o mais precoce possível. Entre estas doenças está a Fenilcetonúria, caracterizada por um distúrbio genético, onde uma deficiência enzimática acumula fenilalanina nos tecidos, que acomete aproximadamente um em cada 10 mil indivíduos nascidos vivos, é caracterizada pelo acúmulo de fenilalanina nos tecidos e aumento da excreção urinária de ácido Fenilpirúvico.
Anemia Falciforme
Outra doença também detectada por meio do Teste do Pezinho é a Anemia Falciforme, que afeta um em cada mil nascidos vivos, caracterizando-se pela má formação das hemácias, que assumem forma de foices, dificultando o transporte de oxigênio para o sangue. A doença é hereditária e leva a uma deformação das hemácias, também conhecidas como glóbulos vermelhos.
Por esta razão, as células ficam rígidas ou endurecidas e tendem a formar grupos que podem fechar os pequenos vasos sanguíneos, dificultando a circulação do sangue. Como há vasos sanguíneos em todas as partes do corpo, pode ocorrer lesão em qualquer órgão, como o cérebro, pulmões e rins.
Hipotiroidismo Congênito
Já o Hipotiroidismo Congênito, que atinge um em cada 4 mil nascidos vivos, pode causar retardo do desenvolvimento físico e mental, em razão da deficiência na produção de hormônio na glândula tireóide. Além de ocasionar atraso do crescimento, a doença desencadeia icterícia prolongada, letargia, anorexia, hipotermia e atraso na maturação óssea.
Fibrose Cística
Além destas três doenças, o Teste do Pezinho também detecta a Fibrose Cística, que é hereditária e causa alteração nas glândulas exócrinas, responsáveis pela produção de muco corporal, que fica mais espesso e, consequentemente, leva a acúmulo de muco denso nos pulmões e afeta a absorção dos alimentos. Entre os problemas que acarreta, está o retardo no crescimento, dificuldade para ganhar peso, inflamação do pâncreas e infertilidade dos homens na idade adulta.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Cristiane Ribeiro Ambrósio
Especialidade: Pediatria/Neonatologia
CRM: 39439 RQE: 13841/13842
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