O neurocirurgião, Dr. Sílvio Lessa, juntamente com a equipe de Cirurgia da Base do Crânio, com participação do otorrinolaringologista, Dr. Marcell Naves, realizaram um procedimento com um Neuronavegador de alta complexidade e última geração para a retirada de um tumor na base do crânio do paciente. O equipamento inédito na cidade, vindo de São Paulo, foi usado pela primeira vez em Uberlândia pelo Hospital Santa Clara.
O Neuronavegador funciona como um GPS, criando um mapa que guiará o médico durante a cirurgia. Antes do procedimento é realizada uma ressonância para localizar todos os pontos que precisarão ser reconstruídos. “Com a neuronavegação conseguimos fazer uma cirurgia muito mais precisa, pois ele nos mostra o local exatamente onde está a lesão. Se eu localizo onde está a lesão eu evito incisões em locais desnecessários, fazendo uma cirurgia pequena ao redor da região onde o tumor está localizado. Com o alvo bem determinado conseguimos chegar direto ao ponto”, explica Dr. Sílvio Lessa.
Além de toda a funcionalidade e benefícios durante o procedimento, esse tipo de cirurgia se torna muito mais segura. “No caso das cirurgias pelo nariz e utilizando o Endoscópio (Cirurgia por Vídeo), basicamente fazemos um procedimento muito mais seguro, protegendo as estruturas nobres que devem ser preservadas como as artérias, o nervo, o cérebro, tudo que não é tumor e precisa ser mantido”, esclarece o neurocirurgião. Os Tumores da Base do Crânio, principalmente os mais duros, como o Meningioma neste caso, são conhecidos por oferecerem enorme complexidade cirúrgica em sua remoção. A utilização do Neuronavegador, quando utilizado por equipe especializada, assegura um excelente resultado para o paciente.
Oferece uma segurança muito maior. A Cirurgia se torna cada vez menos invasiva, a retirada de osso é menor, a manipulação no cérebro menor, cirurgia mais rápida, reduzindo também o risco de infecção e refletindo na internação mais curta e menos complicada. Sendo assim, o paciente se recupera mais rápido.
No caso do procedimento realizado no Hospital Santa Clara, a paciente recebeu alta em dois dias. Como não há manipulação do cérebro o paciente acorda muito bem com poucos sintomas, apenas algum desconforto no nariz. Antes desse equipamento, cirurgias para pacientes desse tipo eram realizadas com uma margem de risco muito maior de lesão das estruturas normais e de sequelas neurológicas.
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