Crioablação inovadora é realizada em Minas Gerais

A primeira crioablação por técnica criogênica do interior de Minas Gerais foi realizada por médicos do Hospital Santa Clara. A nova tecnologia é utilizada no tratamento de uma arritmia muito comum, chamada de fibrilação atrial (isolamento elétrico das veias pulmonares). O procedimento foi realizado com sucesso a partir da nova técnica, que garante muito mais segurança ao paciente.

O especialista em arritmia na área de eletrofisiologia cardíaca, Dr. Henrique Cesar de Almeida Maia, explica que normalmente o tratamento da fibrilação atrial é feito pela cauterização do músculo por meio do calor. Já essa nova tecnologia de crioablação, utiliza um balão de nitrogênio líquido que resfria o tecido local. “O procedimento é muito mais rápido, reduzindo de 6 horas a até 55 minutos. Além disso, o paciente não precisa receber tanto Raio-X como na técnica antes utilizada, além de garantir muito mais segurança”, afirma o especialista.

A equipe já realizava o tratamento dessas arritmias, porém este foi o primeiro caso em que foi utilizada esta tecnologia, trazida da Europa e Estados Unidos, e que garante muitos benefícios aos pacientes. “O novo procedimento é muito mais simples, tecnológico e utiliza o mesmo equipamento é indicado para tratar arritmias em crianças pequenas”, esclarece o Dr. Henrique Cesar.

O cardiologista especialista em arritmias cardíacas, eletrofisiologia e marca-passo, Dr. Frederico Homem da Silva, explica que pacientes que possuem essa arritmia têm prejuízo na qualidade de vida, maiores chances de acidente vascular encefálico e que há até o aumento na mortalidade geral das pessoas que têm esse problema. “A técnica chamada de crioablação é bastante destacada na Europa e nos Estados Unidos e nós estamos tendo a oportunidade de trazê-la para o nosso hospital”, assegura o cardiologista.

O procedimento foi realizado pela primeira vez na região e contou com a equipe de cardiologistas do hospital. “Nós, junto com o Hospital Santa Clara, temos o preparo e a tecnologia adequada para o tratamento intervencionista com sucesso dessas arritmias e, dessa forma, conseguimos propiciar a esses pacientes um ganho de qualidade de vida, até mesmo em relação a parâmetros mais complexos”, afirma o Dr. Frederico Homem.