A hipertensão atinge 31% da população adulta brasileira, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, 3% das crianças e adolescentes enfrentam o problema no mundo. A hipertensão arterial acomete mais as mulheres (25,5%) do que os homens (20,7%) e é um dos fatores de risco para infarto, acidente vascular cerebral (AVC), hipertrofia e insuficiência cardíaca e insuficiência renal.
Normalmente os sintomas podem ser tardios e na maioria das vezes é consequência das lesões nos órgãos alvos. Conforme o cardiologista do Hospital Santa Clara, Dr. Anderson Duque, o diagnóstico de hipertensão é simples. “Podem ser feitas duas medidas em momentos diferentes, caso dê alteração (igual ou superior a 13×8), já fica comprovado que o paciente sofre de hipertensão. Outra forma é através de medidas domésticas (automonitorização) ou com o aparelho chamado MAPA que faz sucessivas medidas automáticas durante 24h”, explica o médico.
Sobre o tratamento, este se baseia em medidas comportamentais, mudando os hábitos de vida do hipertenso. “Indicamos redução da ingestão de sal, álcool, perda de peso e atividade física. Em casos mais graves ou em pacientes de maior risco o tratamento medicamentoso deve ser iniciado imediatamente”, conta o especialista.
A hipertensão é uma doença crônica e uma vez diagnosticada, não tem cura, porém tem controle. “A maioria dos pacientes com hipertensão têm aquela que chamamos de idiopática ou primária e está relacionada a fatores genéticos e comportamentais. Para evitar a doença, do ponto de vista genético não há o que se fazer, entretanto, estimular bons hábitos como dieta saudável, controle do peso, atividade física e consumo discreto de álcool podem adiar ou mesmo evitar o surgimento da doença”, finaliza o cardiologista.
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