Os números impressionam, quando se fala em obesidade infantil. As dobrinhas que antes eram consideradas fofas e sinônimo de um bebê bem alimentado, atualmente são motivos de preocupação para as autoridades mundiais em saúde. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) estima que o número de crianças obesas do Brasil cresceu 240% nas últimas duas décadas. O problema já é considerado epidemia mundial. A OMS (Organização Mundial de Saúde) calcula que, no mundo, uma em cada dez crianças está acima do peso.
Muito deste cenário está diretamente associado ao estilo de vida que as pessoas têm e passam para os filhos e familiares. Comidas congeladas, industrializadas, macarrão instantâneo, sucos prontos, molhos artificiais, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo… Estes e outros hábitos colaboram para uma vida desregrada, desenvolvimento de doenças, obesidade e, inclusive, deixam as pessoas vulneráveis a continuarem com este tipo de consumo por toda a vida ou por muito tempo.
Ao longo dos anos o corpo sofre uma alteração da composição corporal. As crianças e jovens têm mais massa magra e o metabolismo é mais acelerado por conta do crescimento. Já na fase adulta, o metabolismo começa a desacelerar. Por isso que manter o peso na infância e na juventude é uma garantia maior de se tornar um adulto saudável e no peso adequado, como explica a endocrinologista do Hospital Santa Clara, Taciana Feibelmann. “Na infância é a fase na qual produzimos as células de gordura, os adipostos, temos um aumento no número dessas células. Então, a criança que mantém hábitos saudáveis, o peso adequado terá um número menor de adipostos. Estas células não sofrem diminuição na fase adulta. A criança que foi obesa e cresceu com aquela quantidade de adipostos, não vai perdê-los. Eles murcham, mas continuam no organismo da pessoa. Logo, os hábitos saudáveis adquiridos na infância têm maiores chances de serem preservados e se tornam comuns ao longo da vida do indivíduo, prevenindo a obesidade, prevenindo a pressão alta, doenças cardiovasculares e muitas outras doenças”, disse.
Além destes fatores, a introdução a este estilo de vida deve começar em casa, como ressalta a especialista.
“O exemplo que os pais dão às crianças são fundamentais para que elas se habituem à vida saudável. Não basta dizer ou ensinar, o filho faz o que o pai está fazendo. Portanto, o ideal é que em casa os pais façam atividade física, não levem os filhos apenas ao shopping e não estimulem o acesso aos eletrônicos. Levem as crianças a parques para caminhar ou brincar. Mantenham em casa alimentos saudáveis e evitem refrigerantes, guloseimas ou doces. Mesmo que a criança consuma este tipo de produto, vez ou outra, que não seja dentro de casa”, afirmou.
Por isso a participação e a influência dos pais são altamente significantes para a formação de adultos saudáveis e ativos.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dra. Taciana Feibelmann – Endocrinologista
CRM: 34116 – RQE: 10760
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