A mudança de hábitos do homem moderno ocasionou reflexos na saúde. Tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e falta de atividade física refletem o cenário contemporâneo. Segundo dados de 2014 do Ministério da Saúde, o índice de brasileiros acima do peso cresceu no país e já atinge mais da metade da população (52,5%). Destes, 17,9% são obesos. Os números são da pesquisa Vigitel 2014 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), que coletou informações nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. Nesse cenário, conhecer as cirurgias do sistema digestório é um importante aliado para a saúde.
As cirurgias do sistema digestório são inúmeras e correspondem a diferentes problemas de saúde. Comuns nos consultórios médicos, as cirurgias bariátricas representam as técnicas cirúrgicas destinadas ao tratamento de pessoas com obesidade, que tem como objetivo principal reduzir o peso do paciente. Segundo o cirurgião do aparelho digestivo Marnay Carvalho, do Hospital Santa Clara, esses tipos de cirurgias são indicadas para pessoas que possuem Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou maior que 40 kg/m2 ou entre 40 e 35 kg/m2 associado a doenças como diabetes, hipertensão arterial e apneia obstrutiva do sono.
“O paciente deve passar por avaliações de vários especialistas, tais como endocrinologista, nutricionista, psicólogo, cardiologista e pneumologista. Cada uma dessas especialidades identificará se o paciente está apto ou se apresenta alguma contraindicação para realizar o procedimento cirúrgico. O mais importante é ter cuidado com os critérios a serem obedecidos em todas as etapas para que esta cirurgia seja realizada de maneira segura”, afirma Marnay.
Dentre as cirurgias relacionadas ao intestino está a de reconstrução de colostomia, ou seja, reconstrução do trânsito intestinal, afim de que o paciente retorne a evacuar normalmente pela via anal. “O paciente deve passar por avaliações que identificará a capacidade de coagulação, função cardíaca e respiratória e assim identificar se está apto ou para realizar o procedimento cirúrgico. Exames pré-operatórios de imagem para estudar a viabilidade da reversão da colostomia”, explica Marnay.
Outra técnica é a cirurgia do cólon, destinadas a proporcionar o tratamento de doenças do intestino grosso. Estão indicadas em pessoas que possuem diverticulite grave, obstrução intestinal, tumores, endometriose no intestino e sangramentos. “Sempre que apresentar dores abdominais novas, sangramento em fezes ou quadros de dificuldade para evacuar, o paciente pode estar diante de uma patrologia do intestino grosso e por isso, o especialista deve ser consultado”, alerta o especialista.
As cirurgias do sistema digestório podem ser realizadas de duas formas: a cirurgia convencional (Laparotomia), e a cirurgia por vídeo (Videolaparoscopia). No primeiro caso, o acesso é feito através de um grande corte e a cirurgia é realizada a “céu aberto”, onde o cirurgião executa o procedimento com uso direto das mãos. Já no segundo caso, o acesso se dá através de pequenos portais e a cirurgia é realizada sem abrir o abdômen, sendo executada por equipamentos especiais.
O cirurgião do aparelho digestivo Marnay Carvalho afirma que a cirurgia por vídeo aumenta a precisão e diminui a agressão ao corpo. “Sempre que possível a cirurgia de videolaparoscopia deve ser a opção escolhida, pois esse método possui comprovadas vantagens em relação a cirurgia convencional. Entre as principais estão: menor cicatriz, menos dor, menor tempo para retornar as atividades e menos tempo internado no hospital”, finaliza.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dr. Marnay Helbo – Cirurgião Digestivo
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