A Organização Mundial da Saúde (OMS) contabilizou, até julho deste ano, 364.808 casos de sarampo no mundo. A doença, que teve altas taxas de mortalidade entre crianças até os aos 70, já estava controlada no Brasil há décadas. O infectologista, Dr. Romes Rufino Vasconcelos, esclareceu sobre a gravidade dessa doença.
O que é o sarampo?
Dr. Romes: O sarampo é uma doença grave que pode ter complicações, causada por um vírus (paramyxovirus do grupo morbilivirus). Os sintomas iniciais são tosse, coriza, conjuntivite e febre. Após poucos dias da contaminação, aparece o típico exantema (erupções avermelhadas na pele), que iniciam no tronco. O exantema não coça e dura pouco mais que uma semana. Bem no começo do exantema, aparecem manchas brancas muito típicas nas mucosas, mais fáceis de ver na mucosa oral – as manchas de Koplick.
Como é transmitido?
Dr. Romes: O sarampo é uma doença muito contagiosa e a transmissão ocorre por gotículas respiratórias. 90% das pessoas suscetíveis adquirem sarampo ao entrar em contato com alguém contaminado. A doença dá imunidade definitiva: só se tem sarampo uma vez. É contagioso dois dias antes de o exantema surgir e até cinco dias depois.
Por que os casos sarampo voltaram?
Dr. Romes: O Brasil ficou alguns anos sem notificar caso de sarampo até que em janeiro de 2018, casos importados da Venezuela deflagraram importantes surtos em Roraima e no Amazonas, onde a cobertura vacinal estava bem abaixo do necessário, 95%.
Quando tomar a vacina?
Dr. Romes: De acordo com os calendários de vacinação das sociedades brasileiras de Imunizações (SBIm) e de Pediatria (SBP), a vacinação rotineira para crianças deve ser com duas doses, sendo aos 12 e 15 meses de idade. No momento, o Ministério da Saúde recomenda vacinação para criança após 6 meses de idade. São consideradas vacinadas as pessoas com duas doses da vacina até 29 anos e com uma dose da vacina dos 29 aos 49 anos. São contraindicadas para receber a vacina: gestantes e pessoas imunossuprimidas por doenças ou uso de medicação.
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