Se você sente coceira frequentemente na vagina, ardência ao fazer xixi, incômodo na hora do sexo e tem corrimento esbranquiçado, isso pode ser um sinal da candidíase.
Mas calma, candidíase não é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) como muitos acreditam. Ela é apenas uma infecção comum, quando há algum desequilíbrio na microbiota vaginal.
Abaixo vamos te mostrar o que causa essa infecção, quais os sintomas e como prevenir e tratar. Continue lendo este texto e confira nossa conversa com o Dra. Eliane Martins Boareto, ginecologista do Hospital Santa Clara.
O que é a candidíase?
A candidíase vulvovaginal é uma infecção causada por um fungo chamado Candida. Esse fungo possui várias espécies, e o mais comum é a Candida Albicans, que é responsável por 70% a 80% dos casos de candidíase vaginal.
Ou seja, a candidíase não tem ligação nenhuma com as ISTs. Pois, a Cândida é um fungo presente em todas as pessoas. Assim, ela não é transmissível, pois o fungo está no nosso ambiente e acontece a infecção.
Entretanto, tem mulheres e homens (sim, essa infecção também acomete homens) que têm esse fungo nas genitálias e não apresentam sintomas. Nesses casos, como a candidíase é assintomática, não necessita de um tratamento.
Agora, quando há a presença de sintomas, ela precisa ser tratada, não só para dar fim ao incômodo, mas também pela saúde.
“A candidíase é um problema fácil de ser tratado, mas merece atenção. Caso a mulher perceba o corrimento é importante buscar ajuda médica e não ficar esperando o problema passar sozinho. No caso de homens, é preciso ir até um urologista”, explica Dra. Eliane Martins Boareto.
Quais são as causas da candidíase?
Como a candidíase é causada por um desequilíbrio da flora vaginal, vários fatores podem desencadear a infecção, como:
- Estresse: períodos de estresse recorrentes podem desenvolver o desequilíbrio da flora e consequentemente, a infecção pelo fungo cândida;
- Verão: nessa estação a região íntima fica mais abafada, proporcionando o ambiente perfeito para os fungos;
- Roupas mais apertadas: no calor e no verão, é comum as mulheres usarem roupas mais apertadas sem muita ventilação na região. Ou seja, é um bom fator para a proliferação do fungo;
- Muito tempo com roupas de banho molhadas: passar um longo período com maiôs e biquínis molhados, pode sim, desencadear uma infecção por candidíase;
- Fator genético: estudos mostram que há um componente genético e imunológico relacionado à infecção fúngica e, pessoas com esse componente, podem apresentar quadros recorrentes de candidíase.
- Candidíase de repetição: nesses casos, a mulher apresenta diversos casos durante o ano, de forma recorrente. Ou seja, mais de 4 episódios no ano, sendo necessário a investigação da causa, como HIV, diabetes, uso de corticoides, transplantes e outras condições;
- Qualquer outra infecção em outros órgãos (abaixando a imunidade) e uso de antibióticos e anti-inflamatórios.
Quais os principais sintomas da candidíase?
Os sintomas mais frequentes causados pelo fungo Cândida, são:
- Coceira e irritação na vulva;
- Pequenas fissuras na mucosa, tipo uma assadura que causa dor e ardência na hora de urinar;
- Corrimento esbranquiçado ou amarelado com aspecto de nata de leite;
- Incômodo ou dor nas relações sexuais, devido a inflamação no canal vaginal e urinário.
Dessa forma, se você apresenta esses sintomas, procure seu médico ginecologista, ou clique aqui e veja os especialistas do Hospital Santa Clara.
Como evitar e tratar a candidíase?
Uma forma de evitar a candidíase é ficar mais calmo, levar uma vida mais leve, sem estresse. É usar mais calcinhas de algodão, roupas menos apertadas, não usar roupas de banho por longos períodos e fazer a higienização da área de forma adequada e secar muito bem a região.
Além disso, evite comer muitos doces e carboidratos, principalmente se você possui alguma predisposição a doenças relacionadas ao consumo de açúcar.
Desse modo, o tratamento é feito após o médico avaliar os sintomas e a área (podem ser solicitados alguns exames) e, o especialista pode receitar medicamentos antifúngicos, cremes ou óvulos vaginais para tratar a infecção.
Portanto, agora que você sabe que a candidíase não é uma IST, cuide da sua saúde e em casos de sintomas, procure um médico.
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Veja aqui os dados do Dra. Eliane Martins Boareto
Eliane Martins Boareto
Ginecologista e Obstetra
CRM: 13027
RQE: 37289
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