1° de dezembro é Dia Mundial da luta contra a AIDS, uma data para reflexão e alerta sobre o HIV, que é uma sigla para vírus da imunodeficiência humana. Este vírus pode levar à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
Ao contrário de alguns outros vírus, a pessoa infectada não consegue se livrar do HIV. Isso significa que uma vez que você o contrai, viverá com o ele para sempre. Se não tratado é quase universalmente fatal, porque ele destrói o sistema imunológico, resultando na AIDS.
Diferentemente de alguns anos atrás, atualmente o tratamento para o HIV é eficaz e permite que a pessoa infectada tenha uma vida praticamente normal, ele ajuda em todos os estágios da doença e pode desacelerar ou prevenir a progressão para estágios mais avançados.
De acordo com a Unaids (agência da ONU para assuntos relacionados à aids) em 2014, o Brasil tinha mais de 734 mil pessoas que conviviam com o vírus. Os jovens entre 15 e 24 anos formam um dos grupos que mais preocupa as autoridades e profissionais de saúde envolvidos no combate à AIDS no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, em oito anos foram registrados mais de 30 mil casos da doença nesse grupo da população.
Se em 2004 havia 9,6 casos de AIDS em cada grupo de 100 mil habitantes de 15 a 24 anos, em 2013 o índice saltou para 12,7. Ao todo, 4.414 jovens foram detectados com o vírus em 2013, enquanto em 2004 haviam sido 3.453.
O infectologista Romes Rufino, do Hospital Santa Clara, explica as formas de contágio. “A infecção pelo HIV pode ser transmitida através de relação sexual sem o uso de preservativo, contato com sangue contaminado pela hemotransfusão ou compartilhamento de seringas e de mãe para o bebê durante a gestação, parto e aleitamento. Portanto, um abraço, um beijo ou um carinho não são formas de transmissão do vírus. Sendo assim, não há motivos para evitar o contato com soropositivos”, afirma.
Outro fator de extrema relevância é a realização do exame que identifica o HIV. Muitas pessoas não sabem que estão infectadas e colaboram com a proliferação.
As pessoas infectadas podem ter uma vida normal, basta se submeterem ao tratamento adequado. “Hoje a infecção pelo HIV é uma doença que tem tratamento com um bom controle, desde que o paciente faça um acompanhamento médico regular e uso das medicações de forma correta” complementa o infectologista.
Veja alguns mitos e verdades sobre a AIDS:
• Beijo na boca transmite Aids
Mentira – Não há evidências concretas que provem que a saliva seja um meio transmissor do HIV. A saliva contém substâncias, como enzimas e anticorpos, que eliminam a pouca quantidade de vírus que se encontra na região da boca.
• Mulheres são mais vulneráveis ao vírus do que homens
Verdade – A mulher tem um risco maior de contrair HIV do parceiro do que o contrário. A mulher recebe o sêmen do homem e tem uma mucosa vaginal (tecido que reveste a região) maior. A mucosa feminina também é mais absorvente do que a do homem. O risco de uma mulher contrair o vírus é quatro vezes maior que no homem durante uma relação heterossexual.
• Existe a possibilidade de o HIV não ser a causa da Aids
Mentira – A hipótese foi defendida pelo cientista Peter Duesberg, no começo dos anos 90, quando se sabia pouco sobre a doença. Hoje, já existem até fotos do HIV destruindo as células e fabricando novos vírus. Também já se pode contar o HIV no sangue e associá-lo ao progresso da infecção. São provas concretas e inquestionáveis de que o HIV é a causa da epidemia.
• A camisinha é segura contra o vírus HIV.
Verdade – Estudos norte-americanos já ampliaram o látex, material do preservativo, em 30 mil vezes e não detectaram nenhum poro pelo qual o vírus pudesse passar. A camisinha continua sendo o método preventivo mais recomendado porque também evita outras doenças sexualmente transmissíveis e serve como forma barata e simples de evitar uma gravidez indesejada.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dr. Romes Rufino – Infectologista
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