O crescimento pacífico em meio a um lar tranquilo e feliz é o indicado para as crianças durante todas as fases da vida, mas é na primeira infância que a atenção deve ser duplicada, para que elas consigam se desenvolver bem, se tornarem adultos bem resolvidos e sem traumas.
De acordo com dados do UNICEF, até os quatro anos de idade elas já alcançaram grande parte do potencial mental que terão quando adultos. Entre três e seis anos, elas aperfeiçoam suas habilidades motoras finas, aprimoram sua linguagem, desenvolvem sua sociabilidade e iniciam a aprendizagem da leitura e da escrita. É nesse período que os cuidados e as influências afetivas e sócio-culturais ganham grande valor para que cresçam e se tornem pessoas promotoras da paz.
Segundo a Carta Magna, os direitos das crianças e dos adolescentes estão amparados pelo princípio da prioridade absoluta presente no artigo 227 da Constituição Cidadã de 1988.
Consta que “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
Porém, tomando como base o relatório do Instituto Promundo, intitulado Panorama sobre a Primeira Infância no Brasil, o desenvolvimento das delas na primeira infância depende também das características individuais, de gênero, das condições de vida, da organização familiar, dos cuidados recebidos e dos sistemas educacionais.
A pediatra Ariadne Mendes Brito Bertarini, do Hospital Santa Clara, explica que a primeira infância é dos 0 aos 6 anos. “Este é um período muito importante para o desenvolvimento da criança, pois as experiências adquiridas são relevantes para o resto da vida. É nele que ocorre o desenvolvimento físico, o amadurecimento do cérebro, com trilhões de conexões neuronais, afetividade, inicialização social e uma série de outros aspectos. Todos eles são interligados e são influenciados pela realidade na qual ela vive. Alguns estudos mostram que quanto melhores forem as condições para que o desenvolvimento ocorra durante a primeira infância, maiores serão as possibilidades dessa criança alcançar o seu potencial máximo e se tornar um adulto equilibrado, produtivo e realizado. Então, este detalhe da influência da realidade em que a criança vive nestes primeiros anos, influi diretamente na formação da personalidade dela. Nos fazendo entender que um ambiente inadequado, promove um crescimento e um caráter inadequado”, disse.
Esta é uma fase que exige dos pais cuidados redobrados. É fundamental que os pais estabeleçam o diálogo, sejam pacientes, corrijam as falhas e ensinem tudo de forma sistêmica. O ambiente familiar harmonioso também é importante para que a criança não desenvolva atitudes agressivas, de acordo com o que vivenciou entre o pai e a mãe.
Os castigos físicos e humilhantes podem trazer graves consequências e deixar traumas que poderão afetar a vítima por toda a vida. Além de deixar sequelas, a relação com violência e maus tratos pode se tornar normal, fazendo com que este comportamento, futuramente, seja difundido e aplicado com amigos, familiares e estranhos. Colaborando para que a criança tenha comportamento violento ao longo de sua existência.
Portanto, investir na prevenção é o melhor caminho para adultos conscientes, saudáveis física e mentalmente.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dra. Ariadne Mendes Brito Bertarini – Pediatria
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