Estudos comprovam que a fibrose cística é uma doença hereditária que se manifesta tanto no sexo masculino quanto no sexo feminino e que pode ser transmitida pelos pais. A doença causa uma alteração nos genes que comprometem as glândulas exócrinas (órgãos que produzem secreções). Os principais danos acontecem no aparelho respiratório e digestivo.
Segundo dados do Ministério da Saúde de 2013, estima-se que 1.250 pessoas vivem com fibrose cística. A incidência maior é nas Regiões Sul e Sudeste, pois a população apresenta características caucasianas. Especialistas acreditam que esta é uma doença predominante na raça branca, sendo rara na raça negra e asiática.
De acordo com o pneumologista Fernando Rabelo, do Hospital Santa clara, a fibrose causa um obstrução nos ductos pancreáticos, impedindo que as enzimas digestivas sejam lançadas no intestino. Sendo assim, a digestão e absorção dos nutrientes presentes nos alimentos ficam comprometidos. No aparelho respiratório o pulmão produz um muco espesso que pode ficar retido nas vias aéreas e ser invadido por bactérias. “Quando a doença se manifesta, a pessoa tem pneumonia frequente e bronquite crônica”, completa.
O médico também faz um alerta para gestantes que têm a enfermidade. “Por se tratar de uma doença hereditária e sem a possibilidade de tratamento durante a gravidez, a doença pode ser transmitida para a criança. O diagnóstico é realizado através do teste do pezinho”, afirma. Uma vez detectada, a mãe recebe as orientações para iniciar o tratamento e evitar complicações na saúde.
Há casos em que os pais desconhecem ter a doença e se houve transmissão para a criança. Transpiração em excesso e o suor mais “salgadinho” são considerados os principais sintomas e que podem ser identificados.
A coleta do suor é o teste mais indicado para a descoberta da doença em pessoas adultas. O pneumologista explica que existem diversos tratamentos para a doença, mas os principais são com enzimas pancreáticas e antibióticos.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dr. Fernando Rabelo – Pneumologia
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