De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a fibromialgia é uma doença que afeta mais de 4% da população mundial, sendo que desse número, 90% são mulheres.
Segundo o reumatologista do Hospital Santa Clara, Dr. Fernando Gasparin, não existe uma explicação científica para a doença afetar mais as mulheres do que homens. “Não há um fator estabelecido, mas alguns podem contribuir para isso como distúrbios, humor, depressão e, em alguns casos, os distúrbios hormonais”, diz.
Além disso, ele explica que a fibromialgia é uma síndrome dolorosa difusa. “O paciente com fibromialgia não sente dores em um local específico e sim da cabeça aos pés. Para uma pessoa com fibromialgia, as dores são mais intensas e não há necessariamente um estímulo vindo do sistema nervoso para que ela se manifeste”, afirma.
Os sintomas mais comuns, segundo o especialista, são as dores generalizadas, acompanhadas de fadiga, dores de cabeça e disfunções no sono. O médico explica que não existe cura para a doença, mas o controle pode ser feito, a fim de amenizar os sintomas. “Não existe cura para a fibromialgia, mas o tratamento pode ser feito com medicamentos, em sua maioria, antidepressivos, que vão agir diretamente no sistema nervoso. Além disso, existe o tratamento não medicamentoso, onde é indicado ao paciente a prática de atividade física, para estimular e modelar a atividade dos neurotransmissores”, diz.
Foto: Divulgação
Os atuais diagnósticos podem ser feitos de maneira errada e levar ao tratamento incorreto da doença. “Não há um exame específico que detecta a fibromialgia. Os exames são feitos apenas por precaução, para a certificação de que não há nenhuma doença mais grave. Atualmente, muitos médicos dão diagnósticos incorretos aos seus pacientes, alertando-os de uma suposta fibromialgia que, em muitos casos, não existe. A doença perpassa por vários fatores e o tratamento correto auxilia na qualidade de vida do indivíduo”, finaliza.
Alguns possíveis sintomas:
Dor local: músculos, abdômen, costas, cotovelo ou pescoço
Tipos de dor: aguda, difusa, latejante, crônica ou forte
Dor circunstancial: à noite
No aparelho gastrointestinal: constipação, eliminando quantidades excessivas de gases ou náusea
No corpo: fadiga, mal-estar ou sensação de cansaço
Nos músculos: sensibilidade muscular, dor muscular tardia ou espasmos musculares
Nos sentidos: comichão, sensibilidade ao frio ou sensibilidade à dor
No humor: ansiedade, mudanças de humor ou nervosismo
No sono: dificuldade em adormecer ou sonolência
Na cognição: esquecimento ou falta de concentração
Nas mãos: formigamento ou sensação de frio
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dr. Fernando Gasparin
Especialidade: Reumatologista/Clínica Médica
CRM: 57379 RQE: 27258 / 27259
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