Pé diabético é a infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos profundos associados com anormalidades de sensibilidade e de circulação.
Infecções ou problemas na circulação nos membros inferiores estão entre as complicações mais comuns em quem tem diabetes mal controlado. Calcula-se que metade dos pacientes com mais de 60 anos apresente o chamado “pé diabético”. Uma doença que pode ser evitada.
Elas começam a ocorrer, em geral, quando as taxas de glicose permanecem altas durante muitos anos. Se não for tratado, o pé diabético pode levar à amputação. Segundo o Ministério da Saúde, 70% das cirurgias para retirada de membros no Brasil têm como causa o diabetes mal controlado: são 55 mil amputações anuais.
As alterações de sensibilidade chamadas de Neuropatia Diabética estão presentes em 80% dos pacientes que apresentam ulcerações nos pés.
Aproximadamente 15% das pessoas com Diabetes desenvolverão úlceras nos pés.
Diabéticos têm 15 vezes mais chances de desenvolver úlceras nos pés que os não diabéticos.
Dos pacientes que sofreram amputação, de 50 a 60% terão a amputação do membro contralateral no período de 3 a 5 anos.
Manter a taxa glicêmica sob controle e fazer exames regulares são fundamentais para evitar tais complicações.
Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.
Pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 devem passar, regularmente, por uma avaliação dos pés.
Como saber se existe lesão nos nervos do pé:
1- Você tem a sensação de adormecimento e comichão nos pés
2- Seus pés parecem queimar e você sente dores nos pés à noite
3- Os ferimentos nos seus pés não doem
4- Problemas da circulação dos pés
Chamado de Doença Vascular Periférica (DVP)
Ocorre por um estreitamento das artérias com deposição de gordura dentro dos vasos.
5- Os fatores associados à elevada incidência de DVP são o fumo, a hipertensão arterial e o diabetes.
6- Os sintomas na fase avançada são dor em repouso, particularmente à noite, ulceração e gangrena.
A prevenção no pé diabético é o capítulo mais importante nesta patologia:
O exame diário dos pés, bem como a proteção dos dedos e maléolos é a maneira mais fácil de evitar o aparecimento das tão desagradáveis e perigosas lesões
É necessário secar bem os pés, cortar cuidadosa e periodicamente as unhas
É preciso evitar a colocação de calor local, tipo bolsas de água quente e proximidade com o fogo
É recomendável fazer um exame diário dos sapatos, evitando pregos ou corpos estranhos soltos no interior deles
Estas são precauções que, na maioria dos casos, evitam o aparecimento da moléstia que, em geral, leva a amputações.
Matéria escrita por: Dr. Armando Oscar de Freitas – Médico Ortopedista do Hospital Santa Clara
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