Quem está planejando uma gravidez e aumentar a família deve se consultar para realizar exames laboratoriais, atualizar o cartão de vacinas e receber orientações.
Mas, se você foi pega de surpresa, deve iniciar os cuidados pré-natais o mais rápido possível. O objetivo do pré-natal é certificar que a gravidez está caminhando de forma saudável e dentro do previsto. O intervalo das consultas pode variar conforme o risco gestacional.
Cuidados durante a gravidez
Os passos para uma gestação saudável são: alimentação balanceada, prática de atividade física – seguindo as orientações do obstetra e abster-se de bebida alcoólica, cigarro e drogas.
A Dra. Lia Carolina Kretly, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Clara lembra que “não pode comer por dois”. Engordar demais aumenta o risco de pressão alta, diabetes e recém-nascido acima do peso.
De acordo com a Dra. Lia, o ganho médio de peso deve ser de 8 a 12 kg. Além disso, é importante “evitar carne crua ou mal passada, ingerir apenas leite pasteurizado e salada muito bem lavada, especialmente a gestante que não é imune a toxoplasmose”, informa Dra. Lia.
Além de cuidados com a alimentação, a gestante também precisa cuidar da pele. Usar protetor solar para evitar manchas no rosto, repelente para evitar doenças transmitidas por mosquito (dengue, zyca, etc.) e manter a pele do corpo bem hidratada para evitar estrias.
Exames pré-natais e rotina de consultas durante a gravidez
Até a 28ª semana as consultas são mensais. Entre 28 e 36 semanas as consultas passam a ser quinzenais e após a 36ª semana, a gestante deve ser avaliada semanalmente.
O exame físico da gestante deve incluir: peso, pressão arterial, medida da altura uterina, ausculta dos batimentos cardíacos fetais (acima de 12-14 semanas), observação de contrações e movimentação fetal e verificar a presença de edema (principalmente nas pernas e pés).
Os exames indicados pelo Ministério da Saúde durante a gravidez são: hemograma, tipagem sanguínea e fator RH, glicemia de jejum, sorologias para HIV, toxoplasmose, hepatite B, rotina de urina e urocultura.
Caso não tenha citopatologico do colo do útero recente, deve ser realizado no pré-natal.
As pacientes que tenham Rh negativo (por exemplo, A negativo, O negativo) devem realizar o Coombs indireto. Gestantes com fator de risco para anemia falciforme (negras, anemia crônica ou antecedentes familiares de anemia falciforme) devem fazer eletroforese de hemoglobina.
“Conforme a necessidade, outros exames podem ser solicitados. Alguns exames necessitam ser repetidos com o avançar da gestação, mesmo que normais”, afirma Dra. Lia Kretly.
Ultrassonografias
Para avaliar o desenvolvimento do feto são necessárias algumas ultrassonografias.
“O exame ideal para determinar a idade gestacional é com o atraso menstrual entre 7 a 11 semanas. Entre 11 e 13 semanas é feita a medida da translucência nucal (TN), que serve para rastrear má formação fetal. De 20 a 24 semanas é realizada a ultrassonografia morfológica para avaliação completa externa e dos principais órgãos fetais”, informa a Dra. Lia Kretly.
Outros exames podem ser solicitados para avaliar a vitalidade fetal, crescimento, placenta e líquido.
Pós-parto
Passado o período gestacional, o pós-parto é chamado de puerpério. Devido às intensas modificações corporais e hormonais, essa fase é tão delicada quanto a gestação.
“No pós-parto imediato deve-se observar sangramento, febre, cuidado com a ferida operatória (se houver) e com a amamentação. A mãe deve manter-se hidratada para que a produção de leite seja suficiente. Peça ajuda sempre que julgar necessário, a amamentação não deve doer”, lembra Dra. Lia Kretly.
Geralmente, quando é realizado o parto normal a mãe consegue retornar à sua rotina mais rápido. O pós-parto da cesariana é mais doloroso e delicado e o cuidado com a cicatriz da cirurgia deve ser intenso, lavando com água e sabão e manter sempre seca.
Para os dois tipos de partos é recomendado abster-se de relações sexuais por quarenta dias e o uso de protetor solar e hidratante permanece importante.
Além do apoio familiar, algumas pacientes necessitam de auxílio profissional para lidar com seus sentimentos.
“Lembrar-se que nesse período de transição e adaptação a mulher fica mais sensível e há maior vulnerabilidade psíquica. Após o momento inicial de êxtase, há um misto de ansiedade, medo e sentimento de impotência, que somados ao cansaço e privação de sono, podem levar a um quadro de depressão pós-parto”, finaliza Dra. Lia Kretly.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dra. Lia Carolina Kretly
Especialidade: Ginecologia
CRM: 58138
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