A osteoporose afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Nos pacientes que são acometidos pela doença, o osso se torna menos denso, devido à deterioração da microarquitetura do tecido ósseo. Isso deixa os ossos mais frágeis e finos, e como consequência, eles podem se quebrar mais facilmente com lesões mínimas.
Para alertar sobre a doença e promover o diagnóstico precoce, o Dia Mundial de Combate à Osteoporose é comemorado em 20 de outubro. Campanhas buscam envolver profissionais de saúde, meios de comunicação, políticas públicas e o público em geral no mundo todo, alertando tanto para a osteoporose quanto para o risco de fraturas e outros danos que ela potencializa.
Dados sobre a doença
Dados do SUS mostram que idosos do sexo feminino representam o maior número de casos de osteoporose. Em 2020, nos oito primeiros meses do ano, foram atendidas no país 4.008 mulheres e apenas 76 homens. Pessoas com mais de 65 anos foram 73,7% dos atendidos, enquanto a faixa etária de 55 e 64 anos representou 17,6% do total.
Fatores de Risco
Fatores genéticos influenciam consideravelmente a predisposição à osteoporose, mas existem também fatores de risco modificáveis. São eles:
Envelhecimento: o risco de osteoporose aumenta com a idade, uma vez que a densidade óssea tende a diminuir naturalmente com o tempo.
Sexo: mulheres têm um risco maior de osteoporose, especialmente após a menopausa, devido à diminuição dos níveis de estrogênio.
Histórico Familiar: se um membro da família tem osteoporose, você também pode estar em risco.
Alimentação: uma dieta pobre em cálcio e vitamina D pode contribuir para a perda óssea.
Estilo de Vida: fumar, consumir álcool excessivamente e não fazer exercícios são pontos que podem aumentar o risco de desenvolver osteoporose.
Diagnóstico
Geralmente, o diagnóstico da osteoporose costuma ser feito após o paciente alcançar a faixa etária em que a doença costuma aparecer, principalmente quando há a incidência de fratura ocasionada por queda. No entanto, a realização de alguns exames sugeridos a partir de uma avaliação médica pode revelar essa condição antes da ocorrência de traumas.
O exame de densitometria óssea é feito por imagem e avalia a densidade da massa óssea da coluna e do fêmur. Com o intuito de identificar a osteoporose, ele é realizado em um aparelho de dupla emissão de raio-X, porém com baixa dosagem de radiação.
Outros exames laboratoriais também podem auxiliar no diagnóstico, como dosagens séricas de cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, hemograma, velocidade de hemossedimentação (VHS), transaminases e dosagem de cálcio na urina de 24 horas. Além de dar suporte na descoberta, esses exames também ajudam a eliminar do diagnóstico outras doenças similares, como também servem para mensurar a gravidade da osteoporose e, consequentemente, a monitorar o tratamento.
Tratamento e prevenção de quedas
Uma série de medidas pode ajudar idosos que estão na faixa de risco da doença a se prevenirem de uma perda óssea maior, assim como a reduzirem o risco da primeira ou segunda fratura.
Vale ressaltar o potencial de prevenção e tratamento obtidos com a adoção de hábitos mais saudáveis: se alimentar bem, ter uma dieta rica em cálcio, manter os níveis de vitamina D adequados através de alimentação e exposição solar, praticar atividades físicas regulares e evitar a ingestão de álcool e consumo de cigarro são alguns desses hábitos.
O cálcio está presente no leite e derivados, como iogurtes e queijos, bem como no feijão e em verduras que possuem folhagem de cor verde escura. A ingestão diária recomendada é de 1.200-1.500 mg de cálcio. Caso a quantidade esteja menor ou haja alguma baixa detectada em exames, a suplementação de cálcio pode ser recomendada através da prescrição médica de medicamentos específicos.
A vitamina D é encontrada em ovos, peixes, frutos do mar (como salmão, sardinha e marisco), fígado, queijos e cogumelos. Ela também pode ser obtida através da exposição solar. A recomendação é de 800-1.000 UI de vitamina D por dia para adultos com 50 anos ou mais, que também pode ser atingida, quando necessário, através de suplementação.
Para prevenir as quedas, além dos cuidados com a saúde já mencionados acima, é importante verificar a possibilidade de problemas de saúde que possam causar confusão e perda de equilíbrio, como os neurológicos, auditivos e visuais.
Também é importante avaliar possíveis medidas de segurança no ambiente, como corrimões dentro dos parâmetros recomendados pelas entidades reguladoras, degraus, tapetes antiderrapantes e outros obstáculos que possam prejudicar a locomoção ou representar riscos ao paciente.
Osteoporose e saúde mental
Além do impacto físico – fraturas ósseas podem ser dolorosas e limitar a mobilidade -, há também o impacto psicológico. Dependendo da gravidade, a lesão pode levar à perda de independência. Além disso, a preocupação constante do paciente com os riscos pode causar ansiedade e depressão. É importante atentar-se à gravidade dessas doenças e em como seu desenvolvimento pode vir da relação do paciente com a osteoporose, assim como da fuga de conversas objetivas sobre a condição e sobre cuidados diários com as pessoas ao seu redor (família e amigos).
Com o tratamento adequado e um estilo de vida saudável, é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição. Salientamos que o Hospital Santa Clara apoia a educação e a conscientização na luta contra a osteoporose, para que possamos ter uma população com ossos mais fortes e saudáveis.
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