O primeiro mês do ano ganha destaque na área da saúde com o Janeiro Roxo, uma campanha de conscientização sobre a hanseníase, um problema de saúde pública que afeta milhares de brasileiros. Segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, mais de 19 mil casos foram notificados no Brasil entre janeiro e novembro de 2023.
Panorama brasileiro e global
O Brasil assume um papel central nesse cenário, sendo responsável por cerca de 90% dos novos casos de hanseníase na América Latina. Internacionalmente, o país ocupa a segunda posição no ranking mundial dessa enfermidade, apresentando-se como um dos principais desafios de saúde pública em território nacional, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Sobre a doença
Causada pelo mycobacterium leprae, a hanseníase atinge não apenas os nervos da pele, mas também as mucosas, provocando perda de sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e de força muscular. Mãos, braços, pés, pernas e olhos são frequentemente afetados, tornando essencial o diagnóstico e tratamento precoces.
Em estágios avançados, a hanseníase pode resultar em lesões neurais, perda de movimentos e, em casos mais graves, até mesmo em necessidade de amputação. O gradual comprometimento dos nervos dos membros inferiores, superiores e face faz com que os sinais sejam muitas vezes imperceptíveis até atingirem estágios avançados.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas incluem sensações de choques, dormência, queimação, perda de sensibilidade e força nas mãos e nos pés. Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele também são indicativos, assim como áreas com alteração de sensibilidade, engrossamento dos nervos e diminuição de pelos e suor.
A transmissão ocorre por meio de gotículas de mucosa oral e nasal, especialmente quando há contato com pessoas doentes que não estão em tratamento. O diagnóstico é realizado por meio de exames físicos dermatológicos e neurológicos, identificando lesões cutâneas e alterações de sensibilidade.
Conscientização e combate ao preconceito
A desinformação e a estigmatização que cercam essa doença contribuem para o isolamento social dos indivíduos afetados, muitas vezes mais prejudicial do que a própria condição médica. Ao promover a conscientização sobre a hanseníase, destaca-se a importância de eliminar o estigma que envolve a doença. A compreensão de que a hanseníase é uma enfermidade tratável e curável é a chave para incentivar a busca por ajuda médica sem o peso do julgamento social.
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