Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos e 20% acima de 60 anos manifestam algum problema na tireoide. Dentre os distúrbios mais frequentes encontram-se o hipotireoidismo, o hipertireoidismo e os nódulos na tireoide.
De acordo com a endocrinologista do Hospital Santa Clara, Dra. Maria Regina Gasparin, o hipotireoidismo significa a diminuição na produção dos hormônios pela glândula tireoide. Esta doença pode se manifestar de forma leve ou grave. É mais comum em mulheres, mas pode acometer qualquer pessoa, independente de gênero ou idade, inclusive recém-nascidos. Em geral, o diagnóstico é realizado através de um exame de sangue e nos recém-nascidos é detectado através do teste do pezinho.
A causa mais frequente do hipotireoidismo é a Tireoidite de Hashimoto, uma disfunção autoimune, que propicia a produção anticorpos pelo organismo, danificando a tireoide e reduzindo sua capacidade de produzir os hormônios.
Ainda de acordo com a especialista, o hipotireoidismo pode apresentar os sintomas: “Obstipação intestinal (intestino preso), diminuição da frequência cardíaca (o coração bate mais devagar), alterações na memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, queda de cabelos, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e até depressão. Nas crianças também pode haver comprometido no crescimento e no aprendizado’, afirma.
Hipotireoidismo na gravidez
Grávidas também podem apresentar hipotireoidismo. “Atualmente, a grande maioria dos obstetras solicitam exames para avaliar a função tireoidiana na primeira consulta pré-natal e caso detecte alguma anormalidade inicia-se imediatamente a reposição do hormônio da tireoide. Os hormônios tireoidianos são imprescindíveis para o desenvolvimento cerebral e o crescimento do feto. No primeiro trimestre de gestação o feto ainda não tem sua tireoide formada, portanto ele depende do hormônio fornecido pela mãe. Assim, é de suma importância o pleno funcionamento da tireoide materna em toda gestação, especialmente nas 12 primeiras semanas”, explica a doutora.
As mulheres que já possuem o diagnóstico de hipotireoidismo e desejam engravidar devem avaliar a dose da medicação utilizada antes da concepção para que a gestação ocorra em perfeitas condições. “Algumas mulheres param a medicação quando engravidam, com medo de fazer algum mal para o bebê, o que é um erro, pois na realidade a dose da medicação deve ser aumentada durante a gestação”, finaliza a especialista.
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