O surgimento e a difusão da cirurgia oncoplástica, assim como da cirurgia reconstrutora mamária, levou a uma melhoria na qualidade de vida da paciente com câncer de mama. Uma vez que leva à restauração da mama, órgão símbolo da maternidade e sensualidade, a oncoplastia permite um grande benefício no aspecto psíquico social da mulher durante e após o enfrentamento da doença.
O tratamento do câncer de mama tem evoluído bastante nos últimos anos, transformando-se de tratamentos radicais e mutiladores, em tratamentos de menor agressividade, que deixam poucas sequelas nas pacientes. A oncoplastia e a reconstrução mamária são hoje o padrão ouro da cirurgia oncológica de mama, aplicando conceitos da cirurgia plástica, permitindo um remodelamento e simetria da mama sem comprometer a segurança oncológica.
Até meados do século passado a cirurgia padrão era a mastectomia radical ou a Halsted (retirada dos músculos peitorais, maior, menor da mama e esvaziamento axilar total). A partir de 1948, Patey e Dyson, seguidos de Auschinchloss e Madden, passaram a executar cirurgias menos radicais. Esses conceitos continuaram a evoluir e, de 1973 a 1980, o professor Veronesi, no Instituto Europeu em Milão apresentou trabalhos mostrando que a cirurgia conservadora acompanhada de radioterapia apresentava a mesma segurança oncológica das mastectomias radicais. Essa evolução contemplou também a cirurgia axilar.
A história evolutiva continuou por caminhos cada vez menos agressivos, sempre com a preservação da qualidade e da segurança do tratamento oncológico. Os conceitos modernos da cirurgia oncoplástica passaram a ser oferecidos e difundidos amplamente, a partir do final da década de 90. O “pensar oncoplástico” na cirurgia reconstrutora aplica conhecimento e domínio de diversas técnicas de mamoplastia, assim como a rotação de retalhos locais e à distância. O uso de materiais alodérmicos, tais como próteses, expansores, telas, matrizes acelulares, também fazem parte desse arsenal.
A associação da cura da paciente com câncer de mama e a satisfação com a sua autoimagem, transformaram a mastologia moderna, tendo como objetivo a ressocialização e o resgate do aspecto psíquico social da mulher.
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