A maioria das pessoas só passa a se importar com a saúde auditiva quando nota alguma dificuldade ou perda na audição. O Brasil tem, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 10 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva severa ou moderada. Algumas originarias de infecções de repetição na infância, por falta de tratamento adequado, ou por não ter acompanhamento médico.
As perdas auditivas têm diversas causas. Podem ocorrer perfurações de membrana timpânica e infecções crônicas que causam uma perda auditiva leve, moderada ou até profunda. Trabalhar em área de ruído sem devida proteção auditiva também é uma causa importante e hoje com uma fiscalização mais presente dos órgãos competentes, por isso, é uma das causas menos comuns.
Um problema relativamente comum, a otosclerose, é mais frequente em mulheres, principalmente, após a gestação. Essa patologia é a calcificação do estribo (ossículo do ouvido médio). Surge, em média, aos 30 anos de idade e necessita de avaliação e possivelmente tratamento cirúrgico.
A causa mais frequente de perda auditiva está ligada à hereditariedade (histórico familiar). Perdas que surgem após os 50 e 60 anos, inicialmente nas frequências agudas e não são tão perceptíveis no início por não atingir as frequências da fala. Por isso, exames audiométricos preventivos são fundamentais na fase adulta mesmo que você não tenha sentido nenhum sintoma ou dificuldade para ouvir.
A prevenção é a consulta ao otorrinolaringologista nas diversas fases da vida e, em especial, se houver alguma dúvida sobre a qualidade da audição. O uso de equipamentos de proteção individuais (EPI) para aqueles que se expõem a ruídos é fundamental.
Tratamentos cirúrgicos podem ser necessários em algumas crianças por motivo de perda genética ou por otite serosa, por exemplo. O uso imediato de aparelhos auditivos, nos casos indicados, pode evitar o agravamento de quadros de depressão, perda de memória e até Mal de Alzheimer em pacientes após os 50 anos.
Fique atento aos sinais e tire todas as dúvidas com o seu otorrinolaringologista. Não espere piorar os sintomas para procurar um médico. A prevenção é o melhor remédio!
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