A tuberculose é uma doença causada por um tipo de bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis. A doença pode acometer diversos órgãos do corpo humano como rins, ossos, gânglios, sistema nervoso central, porém, é mais comum esta bactéria atacar os pulmões. De acordo com o Ministério da Saúde, no país são registrados 70 mil casos novos e cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose, por ano.
A infecção acontece quando uma pessoa inala múltiplas vezes a bactéria, a qual é transmitida através das secreções respiratórias de pessoas que têm a Tuberculose Pulmonar, principalmente, pela tosse, espirros e fala. Portanto, é necessário um contato próximo e prolongado com alguma pessoa que tenha a doença ativa. Quanto mais fechado, pouco ventilado e arejado o ambiente, maior a chance de contágio.
Os sintomas da tuberculose pulmonar incluem tosse, geralmente, produtiva (com secreção), febre baixa, perda de apetite, perda de peso, fraqueza, mal estar, suor noturno, tosse com presença de sangue, falta de ar e dor no peito. Porém, nem sempre todos os sintomas estão presentes. Conforme a pneumologista do Hospital Santa Clara, Dra. Maria Cristina Marquez Carneiro, a tuberculose se desenvolve lentamente, e o sintoma mais comum é a tosse produtiva prolongada por mais de 2 a 3 semanas. “Em qualquer caso de tosse produtiva por mais de 2 a 3 semanas é necessário procurar atendimento médico para avaliação”, afirma a médica.
Algumas pessoas têm maior risco para desenvolver a doença, como pacientes com HIV, diabetes mellitus, silicose, desnutrição, bem como pessoas que fazem uso de medicamentos que afetam o sistema imunológico. Além disso, qualquer pessoa que tenha convivido com um doente com tuberculose pulmonar, deverá ser avaliada.
O diagnóstico é realizado pela avaliação médica da história, exame físico do individuo e auxílio da radiografia de tórax e de testes de diagnósticos realizados em amostras da secreção respiratória para detecção da bactéria (baciloscopia e cultura do escarro). “Nesse momento, com os dados clínicos e dos exames, o médico fará a diferenciação da doença com outras doenças pulmonares semelhantes. Se não for possível o diagnóstico nesse ponto, outros exames deverão ser realizados. No caso de suspeita de tuberculose em outros órgãos, outros tipos de exames são realizados, como biopsias”, explica a pneumologista.
É possível atingir a cura completa da doença com o tratamento adequado. “É essencial realizar o tratamento de forma correta e no tempo determinado para evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes aos antibióticos. O tratamento é longo, a princípio com duração de seis meses recebendo medicações orais diariamente. Durante este período é necessário monitorizar possíveis efeitos colaterais dos medicamentos utilizados. Uma minoria dos casos precisará de outros recursos, como internação ou medicamentos alternativos”, afirma Dra. Maria Cristina.
A prevenção da tuberculose se dá a partir de diversas frentes de ação. A primeira delas é o diagnóstico e tratamento das pessoas doentes o mais rápido possível, pois quanto mais rápido o início do tratamento menor a possibilidade transmissão para outras pessoas. Outra medida importante é a pesquisa ativa dos contatos dos doentes, ou seja, investigar a presença da bactéria em pessoas que tiveram contato prolongado com o doente (familiares, colegas de trabalho, etc.), instituindo o tratamento precoce na infecção latente, prevenindo que essas pessoas desenvolvam a doença também. “A vacinação previne somente de formas graves da doença, e aparentemente não contribui para a redução das taxas de tuberculose pulmonar” finaliza a especialista.
Conteúdo: Kompleta Comunicação – Assessoria de Imprensa
Fonte: Dra. Maria Cristina Marquez Carneiro
Especialidade: Pediatria/Pneumologia
CRM: 55477 RQE: 39168/39169
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